Cresci acreditando
que nada acontece por acaso, que cada um possui o fardo que merece e consegue
carregar, que almas afins se reencontram depois de várias reencarnações e que
aquela pedra no sapato que foi posta no nosso caminho, está ali para que
possamos exercitar o perdão e evoluir nosso espírito. Separações são somente
físicas e o bem que você faz no dia-a-dia é o que vai importar lááá no
finalzinho.
Filosofia Kardecista
à parte, hoje organizando minhas malas novamente, cada roupa me fez lembrar
de algo, a memória voou, me peguei pensando em todas as pessoas maravilhosas
que passaram pela minha vida, cada sorriso, conselho, momentos únicos compartilhados.
Falo de família, amigos, amores..porque amores e amigos escolhemos a dedo, como
sendo nosso segundo lar.
Como bem diz Antoine de Saint-Exupéry "Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas
não vai só, nem nos deixa sós; leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de
si mesmo." Quase trinta e dois anos de idas em vindas não foram em vão,
certamente.
Barbaridade, fazer as malas é um tanto quanto
difícil!
Mas etapa de malas
concluída com sucesso, ou quase, porque estou olhando fixamente para elas e
pensando no que mais eu posso deixar para trás Nota: roupas e tênis de
corrida ocupam 30% e que não posso deixa-las de lado, e depois de divagar
sobre o universo e seus encontros que transcendem nosso entendimento limitado e
imediatista fui longe agora quero
compartilhar um texto tri legal que achei no blog da Rafa, uma gaúcha gente boníssima
que fez o mesmo intercâmbio, porém retornou[ http://invernodarafa.blogspot.ie ]:
“Nunca. Nunca desista
de uma viagem por algo que você possa resolver depois. Por alguém que
continuará ali depois. Vá.
Tire uma semana ou
vinte dias. Mude de país por uns tempos, faça uma mala enorme e volte com o
dobro – ou menos da metade.
More com
desconhecidos ou aproveite da casa daquele seu primo de terceiro grau que mora
em NY. Arrisque sem medo, mesmo que na primeira noite você não tenha onde
dormir. Os anjos da guarda dos mochileiros nunca deixam na mão. E tem sempre um
brasileiro gente boa para ajudar.
Se permita ir. Junte
uma grana por um ano. Mesmo que isso te faça ficar seis meses alternando entre
miojo e salsicha, Netflix e cinema na quarta. A melhor sensação do mundo é
comprar as passagens com o dinheirinho guardado, suado, e fazer no Google o seu
próprio roteiro. Não ignore as dicas de quem já conhece o lugar. Anote todas
elas.
Chute o balde daquele
emprego que te deixa chata e sem pique. Na volta, procure algo que te faça
verdadeiramente feliz. Se você voltar.
Renove a alma. Fique
mais de dois dias sem encostar no celular. Viagem boa é aquela que não sobra
muito tempo para as redes sociais. Desapareça um pouco.
Sinta as borboletas e
dores no estômago. Experimente a comida apimentada, o suco da fruta típica, o
cachorro quente da esquina e a sobremesa que equivale a um dia inteiro de
refeição. Viva totalmente o lugar. A dor de barriga quase sempre vale a aventura.
Conhecer brasileiros
é bom para matar a saudade de casa, mas faça amizade com os nativos. Fuja do
guia de turismo quando puder. Pegue o metrô sempre que tiver. Sem frescuras.
Nunca deixe a
oportunidade de uma viagem passar. Viajar é sentir saudade e deixar que sintam
a sua falta também. A única bagagem que você não paga nada se exceder é a
cultural.” *Fonte: Dizeres
Imperfeitos
Porque gente, a vida
é da cor que a gente pinta e a soma de tudo que vivemos até esse exato segundo.
Sejam coisas boas ou ruins, isso te tornou único, raro.
Bora se permitir viver, fazer um mix de
cores e ser feliz. A vida é agora!
Cheers tchê!